A paz que sinto na alma é serena
A paz que sinto na alma é serena.
O céu que vejo e que nos embala...
O mesmo que entoa sua cantilena,
a dor, a mesma que o peito apunhala.
A ermida que a luz da alvorada
ilumina quando o dia amanhece.
É a mesma, deserta e calada,
que outrora murmurei a minha prece.
Meus sonhos pude revê-los nesta luz,
ó vida, dolorosa via do calvário
onde levo no peito minha cruz.
Vou caminhando sentindo o coração,
que bate nessas ruas, solitário
como o sino que plangias na procissão.