Manhã
Há tempos que o poente não me inspira...
- Nesta que caminho em meio ao pó...
Só o silêncio que entoas tua lira,
ai, eu sou aquele que anda só.
No céu, anseias à alma seu ninho,
longe dos olhares entristecidos...
Brilha solitária em meu caminho,
a estrela dos meus tempos idos.
O doce aroma que exalas o horto,
a chama que acende o sonho lindo,
tudo jazes em um peito morto.
Nesta manhã que aqui se finda,
meus versos agora eis que findo,
vendo-a partir assim tão linda.