A Morena do Peito Oco...


No limbo da existência 
Aquele senhor vivia em constante alucinação 
Sem vaidade mas com inteligência 
Percebi que fazia morada no seu coração 


Pensou então a morena do peito oco
E do corpo cheio de dobrinha
Conseguir não magoa-lo seria um sufoco
Mas acostumei a caminhar sempre sozinha


Me escondi por entre as flores do jardim
Para que ele tivesse uma visão comum de mim
Não me ame por favor...


Mas como posso condenar alguém que diz amar distante
Se choro diante de um porta-retrato na estante
A amizade é mesmo a sublimação do amor...
Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 06/12/2019
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