O silêncio dos nossos corações
Não há sequer nenhum gemido,
rosas desfolhadas e orações...
Entoas aqui o teu bramido,
só o silêncio dos nossos corações.
E fora, o nevoeiro, que embaça
os vidros e cai na soledade...
Ai, como à ave que esvoaça,
silencioso vem como a saudade.
E no céu ainda acende-se as luzes,
em meio a salmos e orações,
há vida que vagueia junto as cruzes.
Não, não há sequer nenhum ruido,
só o silêncio dos nossos corações,
a entoares aqui o teu bramido.