Fragrâncias numa noite enluarada
Dá-me, ó vida, pra que eu possa repousar,
sereno um leito entre a folhagem...
Onde veja na tarde o pássaro cantar,
e o astro pratear toda a paisagem.
Não deixes, ó vida, que meus sonhos,
indo a caminhar assim com calma...
Se percam e um dia eu tristonho,
lhes enterre no vazio da minha alma.
Antes, dê-me, estrelado para mim
um céu e rosas brancas pra sentir:
Ai, fragrâncias numa noite enluarada...
E quando chegares temido o fim,
só lhe peço na hora de partir,
o teu silêncio e mais nada.