O silêncio das etéreas alvoradas
Como um fantasma na madrugada,
que vaga solitário pela rua morta.
Levo comigo, ó noite enluarada,
n'alma uma saudade que lhe corta.
O silêncio das etéreas alvoradas,
vai bater de porta em porta... Aurora
outra vez, vai bater, saudade qu'aflora
colorida a flor das épocas passadas.
E levando alvores na memória,
no peito sorridente uma prece,
caminho pela tarde merencória...
E comigo os sonhos já vividos,
trago-os, na alma, pois floresce
toda alma ao lembrar dos tempos idos.