O verso alado
O que mais fazes que te sirvas,
A famosa palavra que crivas,
Mesmo o sereno baluarte,
A fazer daqui primeira arte.
O verso alado que futura,
A amar com doce loucura,
A permanecer em fleuma.
Como o silvo que se uma.
De palavras sensatas cruas,
De momento que se atenuas,
Os amores que se regressam.
O perdão que tudo engessam.
De palavras doces como mel,
E açúcar mascavo deste céu.