Sombria minha estrada prateaste

Sombria minha estrada prateaste,

luz celeste que no céu vagueia...

Enferma minh'alma pranteaste,

oh, neste caminho não há ave que gorjeia.

Só o silêncio aqui entoas o teu canto,

nestes prados sereno vai sem norte...

Um misto de tristeza e encanto,

cantando sempre a vida e a morte.

Do passado, ouço vozes, do passado

a colheres ando no presente,

a lembrança dum olhar assim nublado.

O sorriso que acalma este martírio,

e que vens assim silente, ó silente,

se abrindo na memória como um lírio.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 27/10/2019
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