PREÇO (soneto)
Basta! De triste buscar-te, e ficar exilado
Se já não me amas! Irei por outro caminho
E neste adeus, o meu adeus aqui sozinho
Que chora os versos, um dia por ti versado
Em ti, como ipê no cerrado, fui encantado
Sonhei o sonho da paixão, era só carinho
E nesta quimera de amor, tinha um ninho
Hoje deixou o meu sentimento desterrado
Despeço com o coração ainda com desejo
E neste versar, confesso, é cheio de idílio
Tonteado pela lembrança do primeiro beijo
Adeus! Vai-te, e cá estarei sofrendo tanto
Não te importes comigo, aqui no meu exílio
Chegará quando, não mais valia terá o pranto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Sexta, 25/10/2019 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando