FLAGELO (soneto)

Sobre o meu eu, como um tirano dono

Senhor feroz, recai o aborrecimento

Tal como folhas secas de um outono

Que são levadas aos amuos do vento

Oh! poeta da escuridão e no abandono

Solitário em silêncio, e lá fora nevoento

Cá a quietude de um solitário sem trono

Rasgado sentimento, e fútil argumento

Só, e sem como sonhar, Oh! triste solfejo

Ter o leito vazio, e a alma num canto frio

Jogada. E uma luz crepuscular sem o luar

Ah! destino letargo sem único desejo

Trocando pela noite o ensolarado dia

E o teu amor, tão longe, não pode amar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

sexta, outubro 25/2919 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/10/2019
Reeditado em 31/10/2019
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