SERIE ESCRITA EM 2015

“ESTE AMOR 11”

REEDIÇÃO

O mar verde numa manhã bem cedo
Sol de verão cumprimentando o dia,
Longe, como se fosse seu brinquedo...
Um barquinho a vela sem ventania.

Linda mulher na praia morna esmera
Catando conchas com distinta cor...
Enquanto brinca moça vê e espera
A volta do seu amado pescador.

Cabelos cacheados, desalinho
Perscruta o horizonte já ansiosa
Desejando a chegada do barquinho.~

Terna no olhar, a moça tão formosa...
Com jeitinho maroto ri dengosa
Pra lhe dizer que vai ter um filhinho.


“ESTE AMOR 12”


Sono lânguido pós doce lasciva
Nesta batalha louca por prazer,
Sem medo de cartada punitiva
Pelos prazeres deste seu querer.

Falta remorso sobra farto riso,
Sem se culpar, nem sombra deste véu...
Quis viver a promessa, paraíso
Se perder nestas nuvens, novo céu.

Mas nada conflitante a mente tem
Pois não foi por uma mágoa sentida
Nem mesmo pra ferir algum alguém.

Se cansou da rotina tão corrida
Sem viver os prazeres desta vida,
Tendo um dono... Sem dar para ninguém..



“ESTE AMOR 13”

Numa seleção sobre bem e mal
Separação dos puros dos profanos,
Pra que numa conquista universal
Participando apenas bons humanos.

Queremos as estrelas conquistar
Mas no planeta, todas as nações,
Usando novas terras pra livrar
Deste seus pistoleiros e ladrões.

Nas estrelas, o seu conquistador,
Deve pensar bem mais seriamente.
Para não envergonhar o Criador...

Quem viajar no espaço, ter na mente,
Fazendo com verdade simplesmente,
Levando às estrelas... Paz e amor.


"LULA RESGATA O NORDESTE"

REEDIÇÃO

“ESTE AMOR 14”


Dívida não se paga com tristeza
Mas com trabalho, força e serventia.
Só que é triste para à pobreza
Comer à noite o que ganha no dia.

E já não existe aquele bom calor
Onde aquele que tem, divide o pão.
Agora está escasso dons de amor...
Há miséria no seio da nação.

E foi-se desta vida meu menino
Sozinho numa casa abandonado,
Alguém disse que era apenas destino...

Fiquei cismando bem encabulado
A mãe vendia o corpo por trocado,
Nosso governo, aínda sem um tino.


“Este Amor 15”

EU LADRÃO


Havia aquelas três cruzes na estrada
Que marcavam limite da fazenda,
Pra recordar uma triste emboscada
Aonde se resolveu esta contenda.

Quando criança, eu em noite bem escura,
Passava com pavor no coração.
Pois contavam que nesta sepultura
Sempre manifestava assombração.

Somente no escuro tinha pavor,
Medo tolo a menino já seduz
Destas mortes que dizem, por amor.

Mas se passava lá ainda com luz
Eu catava a moeda ao pé da cruz...
Que era lindo jardim cheio de flor.

 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 11/10/2019
Reeditado em 11/10/2019
Código do texto: T6766860
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