Arrulhos do Amor
 

Oh, pombinha de plumas e face morena!
Por favor – não revoes – tão longe de mim
porque já não suporto mais ver-te na cena:
arrulhando a meu lado e voando no fim.
 
Teus arrulhos me trazem bastante alegria,
pois me levas a crer que o amor ainda existe.
Entretanto – se voas – minha alma esvazia,
sem notar que me fazes sentir-me tão triste.
 
Se eu puder revelar que te amei e vivi,
não irás padecer de qualquer descompasso,
mas irei arrulhar os meus versos por ti.

Tem piedade de mim, oh faceira pombinha!
Se fizeres teu ninho na cruz dos meus braços,

unirei – com amor – a tua vida na minha.
 

 
 
  Anterior | Próximo