O sono bivalente
O sono que ampara o seu deficiente,
O rico que mora só e tão em pobreza,
O sinérgico amor que não se ciente,
Mas vale um que mil que não reza.
O momento que tudo se transvia,
O momento que todo se avia,
O perdão que tudo se mostra,
Sono bivalente que pouco erra.
Na ambivalência de seus sentidos,
E ouvir com amor nossos queridos,
E de discernir o som dos amparos.
Mesmo o sentido de homens corretos,
Amparando o que se ver que retos,
Aos corações são nossos elos raros.