Floresce o arvoredo na noite calma
Floresce o arvoredo na noite calma,
tuas folhas, a caires, vê calado...
Como tu, assim é a minha alma,
solitário arvoredo p'la lua iluminado.
Ai, as flores, sempre elas, as flores,
a despertar-nos puro teu encanto.
E quem andas contemplando esplendores,
sobre elas já derramastes o teu pranto.
Flores roxas pelo chão a repousares,
onde pássaros, outrora, já cantaram
e que nós pisamos ao caminhares.
Solitária, floresce a minha alma,
relembrando os dias que se passaram,
como o arvoredo na noite calma.