Mágoas Noturnas

Ó noite! Sigo a colher das horas as urzes,

que encantam e inspiram todo ser.

A vida, um cemitério sem as cruzes,

onde vago, a sonhar, no entardecer.

Comigo ninguém vem astro celeste,

tu, só que me olhas quedo a vagar...

Ó sombra, que resvala no cipreste,

quem me ouves é apenas o luar.

Mágoas noturnas, corações enfermos,

são como pássaros noturnos

que cantam solitários nestes ermos.

Ai, enquanto vais assim sombria,

com teus olhares soturnos,

doirada, busco eu a luz do dia.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 12/09/2019
Reeditado em 19/09/2019
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