Enquanto Escrevo
Há vozes ecoando pela rua...
Passos seguindo o teu fadário...
E enquanto escrevo, na mente, só a tua
lembrança que me vens no imaginário.
Só, estou aqui com estes versos tristonhos...
Ai, sepulcral és o silêncio na madrugada...
E no peito o lírio dos meus sonhos,
desfolhando sigo eu pela estrada.
O presente sempre lembra-nos outrora...
E um dia após o outro nós seguimos,
vendo trevas irem e surgires a aurora.
E tu, que vens comigo enquanto andamos...
Nada levar iremos, quando partimos,
para trás, só a saudade é o que deixamos.