POESIA, MINHA CÍTARA

“Aos poetas da sensibilidade perdida”

Ó Poesia, ó minha cítara apaixonada,

Como me enlevas pelo dedilhar das cordas

Tão sensíveis como as cordas da minha alma,

E acendes no meu estro um patamar de calma

Que me prepara o dia em cada madrugada…

Teu som ecoa, do teu dentro até às bordas,

Os arrufos divinos que levam ao parnaso

Onde cirandam as palavras dos poetas

Que sonham os poemas em formas discretas

Mas que na alma real a sensibilidade acordas…

Tua bela melodia não eclode ao acaso

E as tuas cordas arrebatam-me os sentidos

Numa onda crescente de frágil emoção

Tu, minha cítara, de sensual composição

Destilas água viva em cada poema-ocaso.

Tu, qual terno bailado destes meus ouvidos,

És luz dos olhos de alma, minha fantasia

E a sublimação plena de todos os ruídos,

Minha arca-magia dos meus versos perdidos:

Poesia, minha cítara, alfobre d´ harmonia!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 06/09/2019
Reeditado em 06/09/2019
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