NA GENTIL LAGOA DO MEIMÃO

No coração das cordilheiras da Malcata

Recobertas por um azul esverdeado

Encontrei-me naquele dia, refrescado

Num incerto calor que não ata nem desata.

Naquela água cristalina da cor de prata

Senti todo o meu corpo calmo e relaxado

E o sol acompanhando-me, meio descontrolado,

Mostra por entre as nuvens sua tez ingrata.

Ai brisa que me chegas da vizinha Espanha,

Fazendo-me chegar do lince o pranto cavo,

Diz-me como é que mato a sede que eu trago

Da saudade que tenho, que todo me assanha…

Ó azulinas águas deste encanto suave,

Da gentilíssima lagoa do Meimão,

Qual o segredo qu´ escondeis, que emoção

S´ acolhe em mim e para a qual não tenho chave?

Passo, nadando em vós, águas que m´ acalmais

Mas continuo incerto nos versos que me dais!

Frassino Machado

In AS MINHAS ANDANÇAS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 30/08/2019
Reeditado em 31/08/2019
Código do texto: T6733181
Classificação de conteúdo: seguro