SE AO MENOS PUDESSE...
SE AO MENOS PUDESSE...
A terna lembrança de um sorriso teu
aquece-me a alma nestes dias frios;
e os ventos transportam sob o mesmo céu
calores dos beijos dos tempos estios.
Mas onde é que estás? O que aconteceu?
Porque são meus dias assim tão vazios?
Por que desta ausência tu me tornas réu
trazendo-me assim momentos sombrios?
Todo este silêncio te deixa tão longe...
Recolho-me nele como sendo um monge
saudades são tantas... que mais te dizer?
A tua presença era remédio santo.
E o nada que tenho viria a ser tanto
se ao menos pudesse... apenas te ver...
Joaquim Sustelo
(editado em COMO UM RIO...)