SE AO MENOS PUDESSE...

SE AO MENOS PUDESSE...

A terna lembrança de um sorriso teu

aquece-me a alma nestes dias frios;

e os ventos transportam sob o mesmo céu

calores dos beijos dos tempos estios.

Mas onde é que estás? O que aconteceu?

Porque são meus dias assim tão vazios?

Por que desta ausência tu me tornas réu

trazendo-me assim momentos sombrios?

Todo este silêncio te deixa tão longe...

Recolho-me nele como sendo um monge

saudades são tantas... que mais te dizer?

A tua presença era remédio santo.

E o nada que tenho viria a ser tanto

se ao menos pudesse... apenas te ver...

Joaquim Sustelo

(editado em COMO UM RIO...)

Joaquim Sustelo
Enviado por Joaquim Sustelo em 27/09/2007
Código do texto: T671192