Voa
Livre colibri do fim de tarde
De cor vária, inebriante
Do pouso suave, sem alarde
Nas minhas pétalas, amante
Tu'asas, sinfonia em acordes
No encantado pensamento vão
Criam alegorias recordes
Daqueles detalhes em vão
Quisera ser sempre primavera
Pra florir-te todos desejos
Quiçá sem nenhuma quimera
Vislumbro tais vicissitudes
Em ímpar encontro, um ensejo
Que sacia minhas inquietudes.