MINHA PAGA

Carpideira de pranto sofrido
Um vivo 'defunto' chorando
Com mesada de marido
Carinho mendigando

Isso não é saudável
Não consigo isso romper
Casada sem amor palpável
Mercenária pra sobreviver

Dia a dia é a mesma rotina
Lavo, passo, arrumo e cozinho
Sou usada e traída, minha sina

Recebo paga sem mínimo carinho
Me submeto pois desconheço prazer
Limpo a alma, numa taça de vinho
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 30/06/2019
Código do texto: T6685474
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