ESTRANHO EM MIM

Às vezes, não decido sobre escolhas,

De dentro algo me força a escolher

E a seu comando passo a obedecer

Como se à ventania eu fosse folhas.

Não vês a mim, se fixo tu me olhas,

E quem sabe nem sombra possas ver.

E a mim eu nem procuro esconder,

Oculta-me, não sei quem, em mil bolhas.

Na mente habitam anjos e demônios,

Transformando a vida em pandemônios,

Sempre de cara à porta de saída.

E saem, se bem entendem, e um tu vês,

Assim, sou um estranho e a quem talvez

Jamais conhecerás durante a vida.