MEU SOL

Foi bem assim, olhei e nunca mais

Quis ver outra imagem no universo.

Não que o visto fosse algo perverso

E de tirar-me a luz fosse capaz.

Se brilho tem o sol, era demais

O fulgor dentre o qual me vi imerso,

Mas antes de cegar-me o inverso

Mostrou o brilho do astro ser fugaz.

Vi-lhe o rosto à luz da tarde aberta

E tanta maravilha descoberta

Prendeu o meu olhar àquela luz.

Um sol ardia acima e no passeio

Havia outro maior e sem receio

Vou-me ao mundo aonde este me conduz.