Enganando a solidão soneto Raul Castro

A cada dez minutos sigo um caminho,

mudo de trilhos, e altero o meu percurso,

não está maduro meu coração de menino,

que desconhece seu destino seu rumo.

A vida desenrola sentido ao futuro,

Às vezes eu censuro o meu próprio coração,

às vezes eu mergulho de cabeça na paixão,

enganando a solidão, por alguns minutos.

Às vezes eu me entrego ao sentimento,

de braços abertos louco de desejo,

e a solidao é o preço, do depois.

Às vezes encerro antes do tempo,

de manhã despeço, sem ficar de joelhos,

sem sentir desespero por nós dois.

Luis Carlos de Carvalho
Enviado por Luis Carlos de Carvalho em 02/06/2019
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