Enganando a solidão soneto Raul Castro
A cada dez minutos sigo um caminho,
mudo de trilhos, e altero o meu percurso,
não está maduro meu coração de menino,
que desconhece seu destino seu rumo.
A vida desenrola sentido ao futuro,
Às vezes eu censuro o meu próprio coração,
às vezes eu mergulho de cabeça na paixão,
enganando a solidão, por alguns minutos.
Às vezes eu me entrego ao sentimento,
de braços abertos louco de desejo,
e a solidao é o preço, do depois.
Às vezes encerro antes do tempo,
de manhã despeço, sem ficar de joelhos,
sem sentir desespero por nós dois.