Se há uma divindade que protege os amantes,
Não é e certo o menino de doiradas mechas,
Que imaginam os poetas infantis e delirantes
Sentado nas nuvens, munido de arco e flechas.
Porque se há um deus patrono do apaixonado,
Por certo é um velho lerdo, surdo e distraído,
Que não escuta na hora em que é requisitado,
E quando vem é tarde, pois tudo está perdido.
Por isso a culpa de estarmos assim tão tristes,
É desse deus que não fez bem o seu trabalho:
- Por conta disso é que passei e não me vistes.
Pois seria bastante que ele tivesse me avisado,
Para que eu pudesse tomar na vida um atalho;
E assim nós não teriamos nos desencontrado.
Não é e certo o menino de doiradas mechas,
Que imaginam os poetas infantis e delirantes
Sentado nas nuvens, munido de arco e flechas.
Porque se há um deus patrono do apaixonado,
Por certo é um velho lerdo, surdo e distraído,
Que não escuta na hora em que é requisitado,
E quando vem é tarde, pois tudo está perdido.
Por isso a culpa de estarmos assim tão tristes,
É desse deus que não fez bem o seu trabalho:
- Por conta disso é que passei e não me vistes.
Pois seria bastante que ele tivesse me avisado,
Para que eu pudesse tomar na vida um atalho;
E assim nós não teriamos nos desencontrado.