Saudosa ouço-te bradar

Saudosa ouço-te bradar doirada harpa,

melodias d'outrora em meu caminho...

Nascem como flor silente na escarpa,

como pássaro que vagas p'lo céu sozinho.

Vão as horas lentamente a passar,

eu vejo, solitária, uma sombra...

Com certeza não contemplas o luar,

nem sonha caminhares na alfombra.

Os teus olhos como o céu sem brilho,

umedeceres, sente-lhes ainda...

- Sombra que sonha e chora neste trilho.

Alegres e tristes os que aqui tu vês seguindo,

como tu, terão quando se finda,

solitário um esquife e às lágrimas caindo.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 12/05/2019
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