Vive-se correndo atrás da vida,
Perseguindo uma fugidia sorte.
Mas no fim, é sempre a morte,
Que acaba vencendo a corrida.
                            
Pois o homem é o anjo bizarro,
Que o Criador buscou modelar,
No seu interior, estufado de ar,
No exterior num vaso de barro.
 
E tudo, a um propósito se deve;
Nossa história é a folha corrida
Que Ele dita e a gente escreve.
 
A loucura é toda vaidade de Ser.
E quem julga ser muito na vida,
Na morte, muito mais vai sofrer.