Noites Nostálgicas

Tristurosa porque se tornastes, ó alma,

a que vagas pela noite solitária... Ó

a que colhe lembranças, e trazes na palma

da estrada, o destino, um punhado de pó.

Fostes bela, tu fostes, bela e majestosa,

sagrada como a hóstia dos enfermos...

Tu fostes a que cantastes, a venturosa

flor, que hoje pranteia nos túmulos ermos.

Ah! Nebulosas noites nostálgicas,

brilho d'astros e cítaras mágicas,

tangem aqui d'outrora este hino...

Pra ti que já fostes cantando perdida,

as desventuras, na catedral desta vida,

desde então, soturnas, soaram teu sino.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 04/03/2019
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