Tristurosa porque se tornastes ó alma

Tristurosa porque se tornastes, ó alma,

a que vagas pela noite solitária... Ó

a que colhe lembranças, e trazes na palma

da estrada, o destino, um punhado de pó.

Fostes bela, tu fostes, bela e majestosa,

sagrada como a hóstia dos enfermos...

Tu fostes a que cantastes, a venturosa

flor, que hoje pranteia nos túmulos ermos.

Ah! Nebulosas noites nostálgicas,

brilho d'astros e cítaras mágicas,

tangem aqui d'outrora este hino...

Pra ti que já fostes cantando perdida,

as desventuras na catedral desta vida,

desde então, soturno soaste o teu sino.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 20/02/2019
Reeditado em 26/02/2019
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