O Pássaro

Almejas o peito merencório e romântico,

ouvir de ti, ó pássaro, tão calmo...

Entoares solitário o teu cântico,

alegre que conforta como um salmo.

Lembra à mão que a face toca, e o banjo

pela noite, rasga o céu e a fria bruma...

Pelos ares as carícias de um anjo,

ao caírem alma tocam como pluma.

Certa tarde eu te vi no arvoredo,

como à rosa que murchaste num rochedo,

triste estava não querias mais cantar...

Entre as folhas dos pinheiros e dos àlamos,

tu'alma a voar p'ra os páramos,

já ia, revelava-me, sereno o teu olhar.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 08/02/2019
Reeditado em 10/02/2019
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