Solitário

Talvez sejas mais feliz que eu,

ó caminheiro, pela estrada desta vida.

Esta que vai meu sonho, o meu

pobre sonho, a vagares sem guarida.

Um coveiro, me tornei, volvendo

crenças em um peito dolorido...

Eu ando, alegre e triste, eu ando, colhendo

as flores dos meus tempos idos.

Como é belo, no albor, ó astro quedo,

o teu brilho despontando no arvoredo,

tua luz alumiando o caminho...

E eu sigo desfolhando o meu lírio,

entre as brumas e o martírio,

de amar e me sentir assim sozinho.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 06/02/2019
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