Solitário
Talvez sejas mais feliz que eu,
ó caminheiro, pela estrada desta vida.
Esta que vai meu sonho, o meu
pobre sonho, a vagares sem guarida.
Um coveiro, me tornei, volvendo
crenças em um peito dolorido...
Eu ando, alegre e triste, eu ando, colhendo
as flores dos meus tempos idos.
Como é belo, no albor, ó astro quedo,
o teu brilho despontando no arvoredo,
tua luz alumiando o caminho...
E eu sigo desfolhando o meu lírio,
entre as brumas e o martírio,
de amar e me sentir assim sozinho.