[Vigésimo soneto de saudade]
Bendita seja minha solidão
Que me afasta da espécie humana
Louca e insana
Que não compreende a dor que carrego em meu sofrido coração
Minha alegria se perdeu no passado
Hoje o que me resta é angústia
Que na filosofia não encontrou astúcia
Porque aquela moça me deixou de lado
E é pesado o fardo
Que carrego em mim
Por esse fim tão trágico
Essa dor não encontra fim
E não há remédio tarja preta mágico
Que me tire do peito essa agonia que grita em meu triste coração mal-amado...