Meus Desertos

Nas areias de fogo , deserto ego ,

Sigo sombras, luzes sem miragens.

Sei que a minha sede terá abrigo ,

Dunas macias arachagas dolentes.

Cega de mim, eu pude sentir, ver,

O meu caminho sem vida escorrer

Sem nada mais lembrar ,escrever.

E ao sol, minha poesia triste morrer.

Pedaços, destroços,soluços da noite,

Das raízes, folhas secas vão caindo

E eu vou nas minhas ruínas ruindo.

Implacável ,traidora lua se esconde

Meus braços galhos já quase sem ar

Sem mais um oásis para deitar, amar.

16/09/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 17/09/2007
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