Meus Desertos
Nas areias de fogo , deserto ego ,
Sigo sombras, luzes sem miragens.
Sei que a minha sede terá abrigo ,
Dunas macias arachagas dolentes.
Cega de mim, eu pude sentir, ver,
O meu caminho sem vida escorrer
Sem nada mais lembrar ,escrever.
E ao sol, minha poesia triste morrer.
Pedaços, destroços,soluços da noite,
Das raízes, folhas secas vão caindo
E eu vou nas minhas ruínas ruindo.
Implacável ,traidora lua se esconde
Meus braços galhos já quase sem ar
Sem mais um oásis para deitar, amar.
16/09/07