Madrugada
Andava em mim silente um'alegria,
andava, em mim silente...
Uma lembrança na sombria,
madrugada que passava lentamente.
De outrora, ei-lo, que surgias, pulcro
um sorriso que brilhavas...
E da mente melancólica ceifavas,
à imagem, merencória, de um sepulcro.
Nestes bosques tão risonhos em que vago,
vejo folhas a boiarem em um lago,
ouço vozes a cantarem pelo ar...
Às melodias de uma época passada,
eu escuto outra vez serem cantadas,
na serena luz plangente do luar.