À Noite
Amo o infinito, ó, eu amo aurora,
este universo e à fria soledade...
Como amo esta vida que aflora,
à tristeza, quando vibra à saudade.
O meu peito, uma dor, por dentro, sente,
uma dor e esta ânsia...
Quando soas no presente,
os sinos lindos da infância.
Meu amor, quando se fores, outra vez n'alvorada,
ficará, os arvoredos e à estrada,
e um profundo sentimento...
Nascerás em mim silente,
ao lembrares novamente,
cada um destes momentos.