EU, O MEU PRIMEIRO AMOR
Ai de mim se não me amasse,
tantas vezes estive em desamor,
buscando, talvez, quem me cantasse
versos de ilusão e de amor.
Buscando em outro a ternura
E alegria, fui fonte de sofrer.
Não sabia ser eu a própria desventura
por buscar tão longe a sede de viver.
Virando para dentro a ocultar sofreres
encontrei enfim meus próprios conviveres.
Achei a infinita energia de me saber amar.
E o fiz mais que a todos, ou mesmo a tudo,
Sendo a fonte e a água de mim mesma,
e me tornando o solo, o céu e o conduto.