EU, O MEU PRIMEIRO AMOR

Ai de mim se não me amasse,

tantas vezes estive em desamor,

buscando, talvez, quem me cantasse

versos de ilusão e de amor.

Buscando em outro a ternura

E alegria, fui fonte de sofrer.

Não sabia ser eu a própria desventura

por buscar tão longe a sede de viver.

Virando para dentro a ocultar sofreres

encontrei enfim meus próprios conviveres.

Achei a infinita energia de me saber amar.

E o fiz mais que a todos, ou mesmo a tudo,

Sendo a fonte e a água de mim mesma,

e me tornando o solo, o céu e o conduto.

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 16/09/2007
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