Uma Lágrima Caída
Cantas, e eu ouço, o teu canto, venturosa
ave, na floresta solitária... Canta,
o teu canto, triste, que encanta,
e alegra esta vida tristurosa.
Rompes, pelo ar tua serenata,
rompes, nesta tarde suavilíssima...
E vai a tilintares como prata,
nestes ares ilustríssima.
Bimbalham às lembranças, e perdida,
uma lágrima caída,
que brotaste na quietura...
De um peito dolorido,
e olhar umedecido,
p'la dor e p'la agrura.