Passagem d`Ano

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Sussurrando, a lareira insinua

Todo calor fogoso, que envolvia

A última badalada, que morria

Na minha boca com a boca, tua…

O champanhe em prazer, já nos desnua

Despindo a timidez, que nos vestia

E a nossa nudez, já fogo, se unia

Acendendo os desejos, d`alma nua…

A chama arde o ardor, que tanto ardia

Só ela ouvia o sussurro tão ardente

No fogo que o Ano Novo nos trazia…

Esse fogo, que em nós vive presente

Numa só chama, onde o amor sentia

Viva chama d`amor perdidamente!...

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Soneto – XVII (Decassílabo Heróico)