Noite. Ia eu pela estrada
Noite. Ia eu pela estrada,
com os olhos dos que estão em pranto...
Vendo, que me acompanhavas, na jornada,
à angústia, com teu negro manto.
Reproduzias, à umbrosa, em minha mente,
figuras pra quem vai sozinho...
De seres, misteriosamente,
ao longo deste meu longo caminho.
Entoavas, a vida, teu saltério,
merencório, ao luar etéreo,
pros que vão apressados ou com calma...
Vem a morte, este ceifeiro antigo,
separar como o joio do trigo,
à matéria da alma.