Noite. Ia eu pela estrada

Noite. Ia eu pela estrada,

com os olhos dos que estão em pranto...

Vendo, que me acompanhavas, na jornada,

à angústia, com teu negro manto.

Reproduzias, à umbrosa, em minha mente,

figuras pra quem vai sozinho...

De seres, misteriosamente,

ao longo deste meu longo caminho.

Entoavas, a vida, teu saltério,

merencório, ao luar etéreo,

pros que vão apressados ou com calma...

Vem a morte, este ceifeiro antigo,

separar como o joio do trigo,

à matéria da alma.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 06/01/2019
Reeditado em 21/01/2019
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