A Morte

Eu ouço ainda o teu canto,

nas florestas, e casas, nos cemitérios...

Andas arrastando o seu manto,

desde séculos passados, a vindouros séculos.

É tu, que assombrarás o homem,

no silêncio da noite quedo...

Vem os males que o consomem,

e à ave cabalística do medo.

Tocas, tenebrosa, teu arpejo e prossegues,

nesta marcha em que segues,

pelo mundo a caminhares...

Entoando, melancólico, teu hino,

pelos campos do destino,

até um dia, finalmente, me encontrares.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 03/01/2019
Código do texto: T6542225
Classificação de conteúdo: seguro