A Morte
Eu ouço ainda o teu canto,
nas florestas, e casas, nos cemitérios...
Andas arrastando o seu manto,
desde séculos passados, a vindouros séculos.
É tu, que assombrarás o homem,
no silêncio da noite quedo...
Vem os males que o consomem,
e à ave cabalística do medo.
Tocas, tenebrosa, teu arpejo e prossegues,
nesta marcha em que segues,
pelo mundo a caminhares...
Entoando, melancólico, teu hino,
pelos campos do destino,
até um dia, finalmente, me encontrares.