Peregrino por oceanos tão distantes,
Meu coração é um barco sem destino,
Impulsionado por sonhos de menino
E orientado por estrelas ambulantes.
 
Navegando, eternamente, eu persigo
Uma praia, uma ilha, com um porto,
Onde a carga de amor que transporto,
Possa ser descarregada sem perigo.
 
Corações eu aportei e deitei sondas,
Mas em nenhum achei profundidade
Onde pudesse ancorar o meu amor.
 
E agora navego ao sabor das ondas,
Como pirata, procurando uma cidade
Que o aceite como seu governador.