CACÓFATO
CACÓFATO
Se ALMAMINHA fez célebre Camões
Sem ele dar-se conta que o escrevera,
Mais ainda se quis quem mal o lera
Alheio de mais doutas opiniões...
Ao terno vocativo e seus senões
Outra cousa um maldoso lh'entendera
E ainda outra quem d'ouvido em cera
Menos se lh'escutou que deu razões.
Se estragaram seus versos tal galhofa
É que o besta à barriga mais estofa
Vendo o tolo sem cuidar da própria vida
Bah! Até os mestres erram... Quem diria?!
Diante d'outra leitura bem vadia
Ou senão d'alguma mente poluída!
Betim - 02 12 1998