Você se emaranha na sua própria teia
Repetidamente estagna no mesmo enleio.
Você se embaraça nessa arbitrariedade,
Julga, condena e frisa minha imaturidade,
Ressalta que além de inepto sou feio.
E essa beleza não oculta sua futilidade.
Você se emaranha na sua própria teia;
Só esnoba, suplanta e ainda sapateia,
Pensa que sempre estará na flor da idade.
Diz que minha chance é nula, nem remota,
E minha existência se resume em chacota.
Salienta que anda apenas galhardamente.
Toda vez enaltece uma qualidade diferente:
Sua perfeição, que escreve, posa e dança;
Ao contrário de mim, que só tenho pança.