Você se emaranha na sua própria teia

Repetidamente estagna no mesmo enleio.

Você se embaraça nessa arbitrariedade,

Julga, condena e frisa minha imaturidade,

Ressalta que além de inepto sou feio.

E essa beleza não oculta sua futilidade.

Você se emaranha na sua própria teia;

Só esnoba, suplanta e ainda sapateia,

Pensa que sempre estará na flor da idade.

Diz que minha chance é nula, nem remota,

E minha existência se resume em chacota.

Salienta que anda apenas galhardamente.

Toda vez enaltece uma qualidade diferente:

Sua perfeição, que escreve, posa e dança;

Ao contrário de mim, que só tenho pança.

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 03/11/2018
Código do texto: T6493660
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