IDIOTA
Alexandrino anapéstico
O cenário possui um vermelho flabelo,
Flavescente sentença ao vexilo violáceo
Proclamava a Tibério a divino e singelo,
Um império louvado à linguagem do Lácio...
Circulavam judeus, multidões o castelo
E negar-lhes jamais se acharia a ser fácil,
Rejeitavam Jesus atirado ao flagelo
Por Javé que lhes era adorado em prefácio...
De um ladrão ou de um deus, por incrível verdade,
Transformar-se em feroz e comum capataz
Desfazendo do templo a mantilha em maldade.
Que idiota que fui! O primeiro capaz
De pedir, responder à pagã vaidade,
De clamar e escolher: Barrabás, Barrabás!