CONTENDAS
Tomado pelas dores do abandono,
reviro, atarantado, os estilhaços
daquele amor vivido nos teus braços,
mais aflição encontro e desmorono!
O fel, do coração, se fez um dono,
alastra-se por todos os espaços,
é tisna a se espalhar, cobrir inchaços
causados por açoites no teu trono.
O tempo passa, alargam-se estas fendas,
abismos que me engolem esperanças,
do meu sorriso, agudas reprimendas.
Acossam meu juízo agudas lanças
e sei que, derrotado nas contendas,
sucumbirei ao sonho em que me alcanças...