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A noite traz cobranças do futuro

que teimo em fingir não conhecer.

É triste e humilhante o conjuro

de ter só uma coisa a fazer:

Morrer serenamente com apuro,

pra logo minha gente esquecer

que esse cara grosso e obscuro

esteve entre os seus - não por querer.

Dói tanto. É visível (isso eu juro!)

a paz que eles perdem ao me ver.

Então choro quieto no escuro.

_Quem amo me tolera por dever.

Dou tudo o que sinto de mais puro,

mas nada os apraz se eu viver.

Daniel Santana
Enviado por Daniel Santana em 26/08/2018
Código do texto: T6430239
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