O filme
(Dedico à poetisa MaisaSilva)
Fantástico! Filme bom merece mais que pipocas
no seu ofício de entreter a alma humana.
No escurinho do cinema ou na carruagem (pode ser?)
A vida é um ofício de marujo: bela e dura de viver.
Mas o rio tem seu caramujo que não se esquenta
e se aguenta sozinho, numa vida patética,
sempre em busca de sua paisagem, seu lugar...
É o que fazemos também na beira do rio, no mar...
Pipocas, com chope sem colarinho. Cerveja? Que seja!
O filme vai começar. Espera, deixa a moça de cobalto chegar.
E amanhã que nada substitua o vinho. Talvez um gole de absinto
para me situar e acordar desse sonho em algum lugar...
Desossar o filme, destrinçar do prólogo ao epílogo,
Que nada perturbe esse caminho, que não fique um só espinho...