CONVULSÕES

Desejos a gritar, ebulientes,

dominam nossos gestos de carinho.

O sangue rodopia em torvelinho,

levando ao desvario os dois, carentes.

A exaltação de amantes impudentes,

a festa de emoções, o burburinho

descerram os portais do descaminho,

permitem-nos planar, inconsequentes.

Convulsos, derramamos regozijo

nas labaredas loucas da fogueira

acesa pela fúria que nos toma.

Nas redes da paixão o esconderijo

nós temos para arder a noite inteira

banhados no prazer que não se doma!

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Homenageando o Dia do Orgasmo, 31 de julho.