A espera..




Sem anseios,tão somente,a espera,
Onde a flor,qual ninho, acolhe a ave,
Sem tormentos,apenas ,vaga saudade...
Há de chegar a derradeira Primavera!

Nas escarpas da senda ,a cada passo,
Rubras pedras, deixadas no caminho,
Do acordar do lírio pelo gentil sanhaço,
Não distingo lobo voraz de passarinho!

Há,pois,de nascer a real quimera!
O negro corvo e o colibri jardineiro,
Saudarão exultantes a longa espera!

Doce néctar extraído bem do fundo.
Tempo do vazio ventura por inteiro!
O Eterno na duração de um segundo...