SONETO AO CORAÇÃO MALVADO
© Lílian Maial
O que era nada, é nada, e nada resta,
senão sonhar nos versos que hoje escrevo,
que um coração, que amou, não faz mais festa,
anda perdido em braços sem enlevo.
E se esse corpo um pranto longo atesta,
sou carpideira e choro onde não devo,
e quando a dor do amor meu ventre gesta,
renego a sorte e despedaço o trevo.
Sou sempre errada, e esbarro em desenganos,
como a alvorada, que, por tantos anos,
iluminava a noite e o seu bordado.
Se cada estrela pinga seu lamento,
piscando em brilho todo o sofrimento,
por que culpar meu coração malvado?
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© Lílian Maial
O que era nada, é nada, e nada resta,
senão sonhar nos versos que hoje escrevo,
que um coração, que amou, não faz mais festa,
anda perdido em braços sem enlevo.
E se esse corpo um pranto longo atesta,
sou carpideira e choro onde não devo,
e quando a dor do amor meu ventre gesta,
renego a sorte e despedaço o trevo.
Sou sempre errada, e esbarro em desenganos,
como a alvorada, que, por tantos anos,
iluminava a noite e o seu bordado.
Se cada estrela pinga seu lamento,
piscando em brilho todo o sofrimento,
por que culpar meu coração malvado?
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